O Natal transforma as pessoas

O consumismo existe por toda a parte e durante o ano todo, mas a nobre atitude de ajudar o próximo parece chegar somente no final de ano

O Natal está próximo, digamos bem próximo porque faltam somente 04 dias para a comemoração, e as pessoas continuam a consumir e gastar o 13º salário e os bônus fornecidos pelas empresas.

Shoppings Centers estão cada vez mais cheios. As lojas de roupas, calçados e celulares vendem muito a um preço acima do normal e os lucros são absurdos. Na contramão disso os salários dos vendedores são baixos e, em geral, ganham por comissão.

Não vejo nada de errado em ganhar por comissão. A grande jogada dos empresários, ao pagarem salários irrisórios, é explorar o trabalhador que faz rotinas de mais de 14h por dia para ganharem um dinheiro extra no final do ano.

Aliás, muitos dos empregos são temporário e as pessoas, ao final dezembro, voltam às ruas para procurarem um trabalho com carteira assinada e o mínimo de estabilidade e direitos trabalhistas.

Tudo isso citado não é novidade para ninguém assim como ajudar as pessoas nessa época do ano. Claro que ao ajudar em uma festa no orfanato ou uma família de parentes com dificuldades é uma atitude nobre. Mas por que somente no final do ano?

O Natal é para celebrar o nascimento de Cristo, mas a mídia com suas propagandas difundiu que o bom mesmo é comprar, comprar, comprar e dar presentes (se possível os mais caros) para os demais. Poucos comerciais solicitam ajuda ao próximo e geralmente quem tem essa nobre atitude realiza por conta própria.

A ajuda aos mais necessitados deve ser feita o ano todo e não somente no Natal quando algumas pessoas se sensibilizam, assim como desejar felicidades para as pessoas e suas famílias.

Afinal de contas, quem realmente quer o bem o deseja o ano todo e não fica na hipocrisia de falar "Feliz Natal, com muita paz, saúde, sucesso, prosperidade e blá, blá, blá" na véspera de Natal.

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