Histórias no dia da eleição

No dia do pleito nem a polícia militar consegue cumprir minimamente com seu dever

Por Thiago Marcondes

Antes mesmo de iniciar a votação, às 08h da manhã, eu já estava nas ruas de São Paulo à caminho de casa. Passei na porta de várias escolas e ao menos 02 policiais militares estavam nos locais e vários panfletos de candidatos jogados no chão.

A poluição nas ruas parece ter virado algo normal em todas as eleições. Desde que me conheço por gente (e isso tem mais de 23 anos) sempre vejo a mesma situação. Em minha cabeça os panfletos jogados é COMUM, mas não normal e o povo podia deixar de votar em candidatos que permitissem que isso acontecesse.

Aliás, a justiça eleitoral deveria proibir a distribuição de material em dia de eleição. Próximo a Escola Estadual Professor Luiz Simioni Sobrinho, em Interlagos, por volta das 07h15m, um adolescente que recebeu dinheiro para distribuir os panfletos jogava o papel como se estivesse em uma festa de carnaval. Conclui-se que nem o povo e nem os políticos têm noção.

Na zona leste da cidade, no bairro de Vila Formosa, a situação era a mesma na porta da escola estadual Orville Derby. Às 07h50m eu estava na fila e aguardava a abertura da seção eleitoral quando percebi inúmeros carros estacionados em locais proibidos e nada era feito para advertir os motoristas.

Os policiais militares, que podem autuar em situações de trânsito, permaneciam na porta da escola e sequer percebiam (prefiro acreditar nisso) aquela situação. Detalhe: os motoristas infratores paravam em vagas proibidas em distâncias de aproximadamente 20 metros da polícia.

Questionei um policial se em dia de eleição era permitido estacionar em local proibido e de bate-pronto a resposta foi "Não é permitido não!". Como sou um cara "CHATO", segundo definição de vários amigos, perguntei porque a polícia militar não agia diante daquela situação. Nesse momento ele começou a gaguejar, falou que não tinha como verificar a situação e não me disse mais nada.

Com um sorriso extremamente irônico agradeci ao soldado pela informação, lhe desejei um bom dia e fui para minha casa com a indignação de que o povo não respeita as regras e, por sua vez, as autoridades não fazem as leis serem cumpridas.

Thiago Marcondes é pós-graduando em Gestão de Projetos e um simples eleitor

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