Casos do metrô

"Não fique na região das portas" é o mesmo que dizer "Fique na região das portas"
 
Por Thiago Marcondes
 
Utilizar o metrô em São Paulo nos horários de pico seria cômico, caso não fosse trágico. Melhor: pode-se comprar aos teatros grego e romano. Platão misturou os dois gêneros no primeiro capítulo da "Poética", mas acredita-se que Plauto foi o primeiro a utilizar a tragédia e a comédia na mesma peça.
 
Vagão lotado e muita gente se aperta para conseguir um lugar e seguir viagem. São cerca de 11 pessoas por metro quadrado. Ou seja, o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo.
 
Em algumas estações a situação alivia, os passageiros ficam menos apertados e agora começa a falta de bom senso dos usuários. As pessoas, ávidas para não perder a estação destino, se acumulam na região das portas enquanto os corredores ficam livres.
 
Se isso acontecesse com "marinheiros" de primeira viagem tudo bem. Seria aceitável. Mas não!!! Os passageiros do dia-a-dia sempre mantém a rotina e se estabelecem nas portas. Isso implica na qualidade do serviço, pois o acúmulo de pessoas próximas à entrada/saída dos vagões, em muitos casos, não permite a entrada de mais usuários.
 
Um passo para o lado ou ficar no corredor não faz o viajante perder sua estação, mas parece que os usuários do metrô, em sua maioria, se acostumaram com o espaço apertado e ao ficarem na porta criam situação similar de quando há grande lotação nos vagões.
 
O mais tragicômico em tudo isso é ver as pessoas, paradas na porta, reclamarem por serem empurradas por quem entra e quer utilizar o corredor do vagão.
 
Thiago Marcondes é pós-graduando em Gestão de Projetos e usuário do metrô

Comentários

Realmente e muito engraçado isso, não sei o que e pior as pessoas paradas nas portas ou o valor que você paga para ser exprimido, sem contar as inúmeras falhas que ocorre no metro justamente nos horários de ida para o trabalho ou volta para casa.

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