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Mostrando postagens com o rótulo África

A internet e a manipulação das pessoas

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Há tempos toda a sociedade, basicamente o mundo todo com exceção de alguns países mais fechados como a  Coréia do Norte, dependem e muito da internet para informações, notícias, lazer, trocas de mensagens com amigos e familiares e até mesmo para transações bancárias. Ah, antes que falem de Cuba , em 2014 estive lá e wi-fi não havia nas ruas e praças e usar a internet era muito caro, porém isso tem mudado e os cidadãos e turistas contam com acessos em diversos pontos do país. Como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, a internet nos últimos anos tornou-se um ambiente de discussões onde as pessoas opinam e são especialistas em tudo. Através de  Facebook ,  Instagram ,  Twitter   e Whastapp   propagam aquilo que pensam e acreditam e os políticos aproveitaram essa onda para divulgar seus planos de governo, ideias etc. Com isso vieram também as chamadas fakenews, onde políticos, influenciadores e/ou celebridades divulgam conteúdo sem qualquer tipo de checagem. Acredita-se que os russos usa

Bom dia, Camaradas

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Para seguir na linha de autores africanos desta vez apresento um livro da literatura angolana. O livro Bom dia, Camaradas é um romance, de acordo com o autor, mas também um relato autobiográfico e fala da vida de um garoto que vive em Luanda, capital de Angola. Angola viveu em guerra por conta da independência de Portugal, que sabidamente colonizou alguns países no continente e, também, o Brasil. Os relatos, no começo, parecem ser bastante simples com conversas com empregados. O país, na década de 80 já era independente, e vivia uma guerra civil. O Movimento  Popular pela Libertação de Angola (MPLA) governava o país e era apoiado por Cuba e pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Foto retirada do site da Amazon Sem entrar detalhadamente em polícia, mas relembrando sua infância, o autor conta sobre os professores cubanos que foram ao país para atuar na educação, suas rotinas como cantar o hino na escola, cartões de abastecimentos e os horrores sobre viver em

Minha irmã, a serial killer

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O Brasil, colonizado pelos portugueses e com grande influência africana por conta dos anos de escravidão, não tem hábito de consumir cultura do grande continente e poucas são as obras literárias, músicas, filmes e séries apresentados e divulgados pela nossa mídia. Em 2019 a editora Kapulana  lançou o livro " Minha irmã, a serial killer"   e atua com divulgação de autores brasileiros, angolanos, moçambicanos, nigerianos, portugueses, quenianos e zimbabuanos. Ou seja, oferece espaço para culturas que os brasileiros têm pouco acesso. Aliás, muitas vezes pouco valorizadas por nós. Sobre o livro, tem uma narrativa em primeira pessoa que conta a história de duas irmãs completamente diferentes uma da outra. Korede, a narradora, trabalha como enfermeira e é amargurada e pragmática, enquanto Ayola, a caçula, a preferida da mãe e a mais bonita entre as duas, mas claramente com distúrbios psicológicos. Ayola, mimada, sempre tem seus desejos atendidos e no começo do livro percebe-se se t

Beasts of No Nation: um choque de realidade

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Forte, realista e chocante a vida dos meninos-soldados Por Thiago Marcondes Lançado em outubro de 2015 nos cinemas e no Netflix o filme "Beasts of no Nation" é uma realização de Cary Fukunaga e baseado no livro de Uzondinma Iweala. A película retrata a situação da guerra civil na África onde crianças são recrutadas para a luta armada. O cenário do filme é nas florestas africanas, porém o autor não informa o nome do país onde se passa a guerra apesar de ser conhecido que Camarões, Nigéria, Sudão, Costa do Marfim e muitos outros países do continente passaram (e ainda passam) pelo mesmo problema. O vilarejo onde vive Agu, um menino feliz e imaginativo durante sua infância, sofre o ataque do exército do governo que tenta dominar as regiões do país para seu líder assumir o controle. Antes do confronto os líderes locais decidem que mulheres e crianças devem mudar de cidades enquanto os homens permanecerão para defender o território. O drama do menino Agu começa quan

Conflito entre Somália e Quênia pode gerar uma nova guerra

Guerra interna somali pode se tornar confronto regional com nação vizinha Por Thiago Marcondes Quando se fala "países africanos estão em guerra" muitas pessoas têm em mente que a afirmação é uma redundância, pois nos noticiários o continente sempre se destaca por conta de conflitos étnicos, religiosos ou em busca do poder. Mas acredite, às vezes tudo isso é uma coisa só! A Somália, um dos países mais instáveis do continente africano e do mundo, sofre por não ter um governo definitivo desde meados da década de 90. A mílicia islâmica Al Shabab promove ações armadas no país e, também, na capital Mogadíscio com a intenção de conseguir o controle da nação e promover a Sharia. Ou seja, as leis serão regidas de acordo com o livro sagrado para os muçulmanos, o Corão. Inúmeras mortes ocorreram e ONG's que ajudavam no trabalho humanitário e distribuição de alimentos foram expulsas do país. Inclusive a organização Médicos Sem Fronteiras teve problemas e sua atuação fo

Líbia: a esperança de volta ao povo

Final da ditadura não significa o começo de uma plena democracia Por Thiago Marcondes As notícias sobre a tomada de mais de 80 % da cidade de Trípoli, capital da Líbia, pelos rebeldes ontem (21/08/2011) não param de chegar via rádio, internet e televisão e até o momento não se sabe o paradeiro do ditador Muammar Gaddafi. Nos últimos dias de batalha mais de 1.200 pessoas morreram por conta dos conflitos e no quartel general do governo ainda há sinais de resistência por soldados leais a Gaddafi. Parece faltar pouco para que o ditador se torne mais um governante que perdeu seu posto através de um levante popular no norte da África. Em 2011 já vimos a queda do tunisiano Zine El Abidine Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak. A democracia parece estar na porta de entrada na sociedade líbia, pois o povo se uniu em pról de liberdade de expressão e melhorias nas condições de vida. O país é produtor de petróleo e um grande exportador para as nações européias. Talvez isso explique o apoio dad

A África e seus problemas

Guerras, conflitos, fome e um futuro incerto Por Thiago Marcondes A África, sempre conturbada, vive dias cada vez mais intensos com protestos, fome, presidentes derrubados de seus cargos e tentativa de assassinato contra chefe de estado. A primavera árabe evocou no continente africano um sentimento que através de manifestações populares a possibilidade de um futuro estável (será?) e melhor poderia vir. Tunísia e Egito conseguiram tirar do poder os ditadores (na época os Estados Unidos os consideravem presidentes) que comandavam as nações há anos e reprimiam o povo e seus direitos. Porém somente isso ainda não resolveu seus problemas. Na Líbia a situação permanece tenha e Gaddaffi resiste (firmemente) apesar dos conflitos com os rebeldes, que são financiados pelo governo estadunidense com auxílio das Nações Unidas também. A Costa do Marfim vive crise política mesmo após Alassane Outtara ter assumido a presidência. O ex-presidente, Laurent Gdagdo, lutou para não sair do poder. Porém,

A separação do Sudão: uma história sem fim

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Sem acordo definido para a paz, país africano ainda sofre com guerras e incertezas para o futuro Por Thiago Marcondes O Sudão, pais ao norte do continente africano e governado com mãos de ferro pelo ditador Omar al-Bashir, aprovou a separação entre sul e norte, por conta de diferenças políticas e religiosas, em um referendo ocorrido no dia 09/01/2011, conforme artigo " Sudão do Sul: um novo Estado, uma nova guerra ?".  Analistas e especialistas tinham em mente que a separação entre os muçulmanos do norte e os cristãos do sul ocorreria de forma relativamente pacífica após Bashir dizer que aceitaria o resultado do pleito sem discordar do veredícto. Porém, não foi bem isso que ocorreu nos últimos meses. O Sudão do Sul, novo estado que já nasce de falido e sem estrutura para sua população, é rico em pretróleo e o governo do norte decidiu que os frutos/lucros devem ser repartidos de forma igual para ambos os lados, já que tem a estrutura para extraçao/exportação. Na região de

Mubarak renuncia e o povo ganha

Tunisianos mostraram a força do povo e os egípcios, ao seguirem seu exemplo, conseguiram a mesma façanha Os protestos contra a ditadura egípcia começaram após a queda de ditador da Tunísia, Ben Ali, e durou exatamente 18 dias até que Hosni Mubarak decidisse deixar o poder e abrir espaço para a democracia no Egito. O povo foi às ruas e protestou veementemente contra o poderosos ditador, que governava o país com mãos-de-ferro há 30 anos, pois já não aguentava mais represseão, desemprego, desigualdade social e tantas outras atrocidades. Mubarak chegou foi à TV estatal e afirmou que não deixaria o poder antes das eleições, programadas para setembro/2011 e que ele não participaria. Mas sua atitude não diminuiu a vontade da sociedade que clamou o tempo todo por sua renuncia. Menos de 24h depois ele fugiu da capital e anuncio a saída do poder. O governo agora está nas mãos dos militares, que irão organizar o novo governo junto com a oposição, tão oprimida durante a ditadura. Espera-se que

O caos continua no Egito. E o ditador Mubarak também...

O mundo árabe se agita para conseguir democratizar as nações e ter acesso à liberdade de expressão Os protestos no Egito, país de população árabe e geograficamente localizado na África, continuam e a população exige a saída do ditador Hosni Mubarak incondicionalmente do poder. Mortes e mortes acontecem e agora, "simpatizantes" de Mubarak estão nas ruas para lutarem contra a oposição, que almeja democracia e mais liberdade para o povo. Os chamados "simpatizantes" do ditador foram às ruas em seus cavalos e camelos (isso mesmo, camelos!) com metralhadoras e outras armas com o claro intuito de ferir e matar a população que protesta contra o governo. Porém, afirma-se que essas pessoas agem à pedido do próprio Mubarak com intuito de instaurar no país o medo. Dessa forma ele permanece por mais algum tempo no poder e enfraquece o levante popular, o que colocaria as ações da sociedade em descrédito. A polícia abriu as portas das cadeias para que os prisioneiros saiam e

A Tunísia é a bola vez

Enquanto Sudão e Costa do Marfim continuam com problemas a mídia só tem olhos para os tunisianos O continente africano há tempos está conturbado por problemas políticos, sociais e econômicos nos quais podemos dizer guerras cívis, corrupção e fome à praticamente toda a sociedade. A mídia, recentemente, focou os olhares para países como Sudão e Costa do Marfim por estarem em momentos em que a democracia pode surgir (no caso sudanês) e poderia (no caso dos marfineses) para trazer um pouco de esperança para o futuro. O Sudão viveu uma eleição para decidir se sobre a separação da nação situação assim na África podem gerar mais guerras do que as já existentes. O resultado do pleito ainda não saiu, mas uma reportagem da Al Jazeera informa que provavelmente o Sul (negro e cristão) vencerá e criará um novo país, distinto do Norte (árabe e muçulmano). No caso da Costa do Marfim eleições foram realizadas e o candidato da oposição, Alassane Ouattara, foi considerado vitorioso . Porém, após u

Sudão do Sul: um novo Estado, uma nova guerra?

As independências nem sempre foram pacíficas e, na África, qualquer movimentação pode estourar novos confrontos O Sudão é o maior país do continente africano e nos últimos 50 anos enfrentou 02 guerras cívis que resultaram na morte de ao menos 23 milhões de pessoas e a desestabilização política, social e econômica da não. O norte da nação tem maioria árabe e muçulmana enquanto no sul vivem os negros que são cristãos ou animistas (crenças africanas). O sul diz ser colonizado pelo norte e há tempos luta pela separação. Aliás, a última guerra civil cessou em 2005 e os cristões mantém um governo autônomo baseado em Juba, a capital do que poderá ser o Sudão do Sul. Hoje, 09/01/2011, começa o referendo para que os sulistas decidam se a nação será separada ou não. Mas ao que tudo indica, inclusive as pesquisas (que não são confiáveis), a separação é inevitável e o 193º do mundo será criado. O Sudão é rico em petróleo e com a separação o sul ficará com a maior parte das reservas. Atualment

África: um futuro instável e indefinido

Eleições no continente servem para mostrar a democracia e os resultados, a DITADURA No final de 2007 o Quênia, país de nascimento do pai de Barak Obama, tinha eleições diretas para eleger o sucessor presidencial de forma democrática e pacífica. Concorria Mwai Kibaki  para tentar se reeleger e Raiala Odinga, líder da oposição que tentava obter o poder. Kibaki foi reeleito, porém o resultado do pleito foi contestado pela oposição e uma onde de violência foi iniciada no país. Inúmeras pessoas morreram durante os conflitos, governos internacionais expressaram preocupações e no final nada aconteceu. No ano de 2008 foi a vez do Zimbábue, país vizinho da África do Sul, tentar eleger uma presidente de forma democrática. Resultado: o candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, afirmava que havia derrotado Robert Mugabe, que governa desde 1980, e mais um conflito começou no continente africano. Conflitos nas ruas de Harare, capital do país, foram iniciados e inúmeras pessoas que a

Conflito religioso mata cerca de 30 na Nigéria

Divergência religiosa impede que país cresça economicamente e se torne um modelo na região e, também, no continente No último domingo, dia 26/12/2010, a Nigéria foi palco de confrontos entre muçulmanos e cristãos que resultou na morte de ao menos 30 pessoas e deixou inúmeros feridos. Muitos podem pensar que o fato ocorreu porque os cristãos comemoraram o nascimento de Cristo, ou seja o Natal, no dia 25/12. Porém, esses conflitos ocorrem há vários anos e a violência parte de ambos os lados. A Nigéria tem sua população dividida entre cristãos e muçulmanos, mas é claro que existem pessoas com seguem outras crenças. Esses confrontos ultrapassam as barreiras religiosas e entram no campo político. Se o presidente é cristão (a maioria deles vivem ao sul) o vice-presidente tem de ser muçulmano (majoritariamente o norte) e vice-versa. Porém, essa divisão de poder não auxília na paz e grupos islâmicos querem impor a sharia na sociedade. Por outro lado os cristãos querem um estado laico (mas

À beira de mais uma guerra cívil

Costa do Marfim ainda não tem um presidente definitivo e impasse pode custar a paz no território Depois de mais de 20 dias de ter o resultado das eleições o presidente Laurent Gbagbo se recusa a sair do poder e seu opositor, Alassane Ouattara, se intalou em um hotel da capital para instaurar o novo governo. A O.N.U. não pretende enviar tropas para tirar Gbagdo do poder e, ao que tudo indica, aplicará sanções econômicas no país para pressionar a saída do presidente. A oposição gostaria que forças estrageiras intervissem na situação para a assumir o cargo conquistado democraticamente e retirado após uma manobra da justiça. A Costa do Marfim é um grande país e um dos maiores exportadores de cacau do mundo. Tudo indicava, após o final da última guerra civil, que o país cresceria e seria um exemplo aos vizinhos e demais nações africanas. Para os padrões africanos uma guerra civil seria comum. Porém, o país ainda tem suas divisões étnicas e religiosas e um confronto desse tipo prejudicar

A fraca democracia na Costa do Marfim

O continente africano ainda tem muito em que aprender quando eleições diretas são disputadas em suas nações A Costa do Marfim, país conhecido pelo grande jogador de futebol Didier Drogba e por ter enfrentado o Brasil na Copa do Mundo de 2010 (a primeira em solo africano), na última semana teve eleições diretas para presidente e com chances concretas de que a oposição venceria. Na África existem casos em que isso ocorre e rapidamente o governo alega que não reconhecerá a derrota e indica que fraudes podem ocorrer durante a contagem dos votos. Dessa forma se mantém no poder e, em algumas situações como no Zimbábue, formalizam uma coalisão com os opositores para governarem. O primeiro resultado das eleições foi de 54% para Alassane Ouattara , da oposição, contra 46% para o atual presidente Laurent Gbagbo. Entende-se que uma vitória para a democracia foi constituída no continente. Mas a situação não parou por aí. A base governista recorreu sob a alegação já citada (fraude na contagem d

Chade: Mais um caso de corrupção

Comandado com mão de ferro por Idryss Deby desde 1990, o país africano ainda sofre com corrupção e falta de estrutura social Localizado no centro-norte da África, o Chade é mais um país africano que foi colonizado pelos franceses e que desde a década de 60 se tornou independente para seguir seu rumo. Depois de ter se tornado uma nação livre, a era de democracia que todos esperaram por vir durou pouco tempo. A nação mergulhou em uma onda de golpes contra o governo e em uma guerra civil que dura até os dias atuais. Porém em menor escala. No passado as empresas não investiam no país, grande de fonte de petróleo na região, porque sua economia era instável devido o problema com a guerra. Atualmente empresas chinesas jogam grandes quantidades de dinheiro no país para explorar o recurso natural. O Chade, como o vizinho Sudão que também tem muito petróleo, guerra civil e um presidente considerado ditador, poderia ter um padrão de vida elevado se os lucros dos recursos naturais fossem inves

Conflitos Armados Assolam a Somália

Somália, um caso à ser pensado Desde que o mundo é mundo existem conflitos entre povos. Do início do século XX até os dias atuais não houve um dia sequer em que não estivéssemos envolvidos em uma guerra. Seguem aqui algumas das mais conhecidas pela sociedade: Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerras das Coréias, Guerra do Vietnã, Genocídio em Ruanda, Conflito dos Balcãs (Europa), Afeganistão e Iraque. No continente africano citei somente um caso, mas existem inúmeros deles até hoje. Seguindo esse rumo temos a Somália, país do continente africano que sofre com confrontos internos mais intensos desde a década de 90, com um movimento separatista para criar uma nova nação chamada Somalilândia. Governo reconhecido não há desde 1991 quando os conflitos foram iniciados. A O.N.U. autorizou a entrada de tropas em "Missão de Paz", em acordo com os E.U.A., onde inúmeras pessoas morreram e a perda de soldados estadunidenses ultrapassou 30 em uma única operação. O filme "Falcão