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Amado Batista: o filho arrependido

Ao falar que o Brasil poderia ter sido como Cuba o artista mostra não conhecer história   Por Thiago Marcondes   Torturado pela ditadura militar que governou, digamos assim, o Brasil entre 1964-1985, o cantor de música brega Amado Batista acredita ter merecido por ter acobertado pessoas que gostariam de tomar o poder do país à força.   Em entrevista ao programa de Marília Gabriela, no SBT, na madrugada de domingo para segunda-feira, o cantor informou que tinha contatos com livros considerados proibidos, pois trabalhava em uma livraria e facilitava a vida dos comunistas da época ao deixá-los utilizarem o espaço para leitura das obras subversivas.   A opinião política deve ser respeitada e se ele acredita que a direita pode resolver os problemas do Brasil tudo bem. Porém, afirmar que o país poderia ver ser igual a Cuba ultrapassa um pouco os limites da verdade. A pequena ilha está em situação ruim porque o governo estadunidense mantém um grande embargo econômico e não o

A corrupção generalizada

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios." ( Barão de Montesquieu ) Por Thiago Marcondes A política brasileira nunca foi das melhores quando o tema é combater a corrupção e nos últimos meses o governo de Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente no Brasil, sofre com escândalos em ministérios e demissões praticamente em massa para tentar arrumar a bagunça no planalto. A situação política da presidente (ou presidenta) se complicou à medida em que não tomava atitude alguma no caso Palocci, em que ele foi acusado de enriquecer ilicitamente enquanto era deputado federal. O ministro saiu do cargo e a mídia parece ter deixado de lado o caso, já que não há mais notícias e a sociedade não sabe se ele é ou não culpado. Para entender melhor leia " O mundo sujo da política " e " Caso Palocci já foi esquecido pela mídia brasileira ". Toda a mídia, e o povo também, criticou a postura da presidenta pela demora e

A tensa e conflituosa Líbia

A vontade do povo em realizar mudanças na sociedade é essencial. Porém, sem o apoio de agentes externos a força, opressão e banho de sangue infelizmente podem vencer Atualizado em 17/03/2011 às 22h37m. No mundo árabe, em países situados no continente africano, recentemente presenciamos a queda dos ditadores da Tunísia (Bem Ali) e Egito (Hosni Mubarak). Mas ainda há mais nações que permanecem em com protestos na luta por mudanças políticas em sua sociedade como Argélia, Marrocos (com menos intensidade) e a tão noticiada Líbia, governada por Muamar Gadafi. No começo dos protestos contra o governo de Gadafi, que controla o país com maõs-de-ferro, dizia-se que o final da história seguiria a mesma linha dos vizinhos africanos e que a ditadura cairia. Assim o povo sairia vitorioso e a democracia seria instalada na nação aos poucos, conforme rege a cartilha estadunidense pelo mundo à fora. Os rebeldes, também conhecidos como opositores do regime, ganharam espaços em grandes cidades. Poré

Protestar às vezes faz bem

Quando a sociedade acordar e ver o poder que tem, com certeza os políticos andarão na linha e terão medo de perder seus cargos Protestos da população contra o governo da Tunísia derruba Ben Ali, ditador que estava no poder há cerca de 23 anos. O povo não aguentava mais a situação de desemprego e falta de perpesctivas de decidiu agir por conta para fazer justiça. No Egito a população para querer seguir os passos tunisianos e protestaram com o ditador Hosni Mubarak, que está há 30 anos poder e tem total apoio estadunidense na região, já que consegue negociar com o Hammas (Palestina) e não é inimigo de Israel. Muammar Gaddafi governa a Líbia desde 1969 e não aprovou os fatos ocorridos na Tunísia e no Egito, pois se a moda pega no continente africano seu império pode estar em risco e seu poder diminuído à ponto de se dizimado. Claro, quando se trata de Egito e Líbia pode ser utopia que ambos os ditadores sejam depostos do poder atualmente. Porém, em alguns anos quem sabe a democracia a

11 de Setembro: Um dia para ser lembrado

02 anos diferentes, 02 acontecimentos históricos e 01 fato esquecido O dia "11 de setembro" está marcado na vida de milhões de pessoas nas Américas e no mundo. Não se trata somente do atentado terrorista ocorrido contra as Torres Gêmeas em 2001, mas também da morte de Salvador Allende quando presidia o Chile, em 1973. Allende foi o primeiro presidente com ideais marxistas a ser eleito pelo voto direto (em 1970) na América Latina. Seu governo tinha uma linha socialista e ocorreu durante o auge da Guerra Fria, quando os Estados Unidos tentavam a qualquer custo impedir que demais nações tomassem o mesmo caminho de Cuba. O estilo de governo implementado no Chile dava mais condições à população de melhorar sua vida. Allende nacionalizou as minas de cobre, que pertenciam aos magnatas da época, e isso gerou desconforto na elite. Essa mesma elite começou a lutar contra o governo popular e bens de consumo básico sumiram das prateleiras dos mercados. Somente os ricos conseguiam com

Entrevista

Salvador Allende foi o primeiro presidente de origem socialista eleito pelo voto direito. O modelo político implementdo foi importante porque lutou contra a forma de governar da elite mundial durante a Guerra Fria. Especialista em Jornalismo Internacional pela PUC-SP e mestre em Ciências da Comunicação pela USP, o professor de Jornalismo Alexandre Barbosa tem um sítio ( http://www.latinoamericano.jor.br/ ) voltado para a América Latina. Gentilmente ele concedeu uma entrevista ao blog para ajudar a compreender melhor a importância do 11de setembro. Pensando no dia-a-dia: Qual a importância da eleição de Salvador Allende para a América Latina? Alexandre Barbosa: Allende foi o primeiro presidente marxista, com uma plataforma socialista a ser eleito pelo voto direto. E isso aconteceu justamente na América Latina, que era um quintal estadunidense. Além disso, era uma época em que, graças à Revolução Cubana havia uma série de movimentos armados pelo continente e muitos planejavam derruba