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Mostrando postagens com o rótulo Guerras

Comércio de armas movimentou bilhões em 20 anos

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Conflitos ocorrem ao redor do mundo e muitas vezes não há controle sobre a compra e venda de armamentos Por Thiago Marcondes O comércio de armas no mundo movimenta bilhões de dólares, legalmente e ilegalmente, e muitas empresas e pessoas lucram com a morte de inocentes e o financiamento de guerras mundo afora. Em alguns países do mundo, como nos Estados Unidos da América, tem legislações separadas por estados e em alguns deles há uma flexibilização para a compra e o porte de armas. No documentário "Tiros em Columbine", de Michael Morre, é possível ver que um banco oferece como brinde uma arma para quem abrir uma conta. No Brasil a legislação para porte de arma não facilita a vida de quem deseja realizar a compra, pois a pessoa precisa apresentar uma série de documentações e a Polícia Federal tem enorme burocracia na liberação. Existe um projeto de lei para flexibilizar o acesso com a diminuição da idade de 25 para 21 anos além do fim da exigência de uma just

Chagos: um paraíso dominado pelos militares

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Chagossianos foram expulsos de suas terras em troca de desconto em armas nucleares Por Thiago Marcondes Localizada no Oceano Índico, Diego Garcia, a maior das 60 ilhas e atóis existentes no arquipélago de Chagos, abriga atualmente uma base militar estadunidense e não há moradores nativos. Barizada por portugueses e colonizada pelos franceses e ingleses, a ilha possui edifícios da marinha dos E.U.A. e duas pistas de pouso, no local residem 2 mil habitantes e todos são militares. A ilha pertencia a Inglaterra e na década de 60 foi cedida aos Estados Unidos por desconto na compra de armas nucleares, pois o governo estadunidense viu grande potencial na região para instalar uma base militar e poder ter o controle da região, que está situada entre a África e o Golfo Pérsico. Os nativos que viviam no arquipélago tinham (quem está vivo mantém as tradições) sua própria língua, cultura e moravam tranquilamente em suas casas. Depois da cessão do governo inglês os habitantes foram

Beasts of No Nation: um choque de realidade

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Forte, realista e chocante a vida dos meninos-soldados Por Thiago Marcondes Lançado em outubro de 2015 nos cinemas e no Netflix o filme "Beasts of no Nation" é uma realização de Cary Fukunaga e baseado no livro de Uzondinma Iweala. A película retrata a situação da guerra civil na África onde crianças são recrutadas para a luta armada. O cenário do filme é nas florestas africanas, porém o autor não informa o nome do país onde se passa a guerra apesar de ser conhecido que Camarões, Nigéria, Sudão, Costa do Marfim e muitos outros países do continente passaram (e ainda passam) pelo mesmo problema. O vilarejo onde vive Agu, um menino feliz e imaginativo durante sua infância, sofre o ataque do exército do governo que tenta dominar as regiões do país para seu líder assumir o controle. Antes do confronto os líderes locais decidem que mulheres e crianças devem mudar de cidades enquanto os homens permanecerão para defender o território. O drama do menino Agu começa quan

Conflito entre Somália e Quênia pode gerar uma nova guerra

Guerra interna somali pode se tornar confronto regional com nação vizinha Por Thiago Marcondes Quando se fala "países africanos estão em guerra" muitas pessoas têm em mente que a afirmação é uma redundância, pois nos noticiários o continente sempre se destaca por conta de conflitos étnicos, religiosos ou em busca do poder. Mas acredite, às vezes tudo isso é uma coisa só! A Somália, um dos países mais instáveis do continente africano e do mundo, sofre por não ter um governo definitivo desde meados da década de 90. A mílicia islâmica Al Shabab promove ações armadas no país e, também, na capital Mogadíscio com a intenção de conseguir o controle da nação e promover a Sharia. Ou seja, as leis serão regidas de acordo com o livro sagrado para os muçulmanos, o Corão. Inúmeras mortes ocorreram e ONG's que ajudavam no trabalho humanitário e distribuição de alimentos foram expulsas do país. Inclusive a organização Médicos Sem Fronteiras teve problemas e sua atuação fo

Líbia: a esperança de volta ao povo

Final da ditadura não significa o começo de uma plena democracia Por Thiago Marcondes As notícias sobre a tomada de mais de 80 % da cidade de Trípoli, capital da Líbia, pelos rebeldes ontem (21/08/2011) não param de chegar via rádio, internet e televisão e até o momento não se sabe o paradeiro do ditador Muammar Gaddafi. Nos últimos dias de batalha mais de 1.200 pessoas morreram por conta dos conflitos e no quartel general do governo ainda há sinais de resistência por soldados leais a Gaddafi. Parece faltar pouco para que o ditador se torne mais um governante que perdeu seu posto através de um levante popular no norte da África. Em 2011 já vimos a queda do tunisiano Zine El Abidine Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak. A democracia parece estar na porta de entrada na sociedade líbia, pois o povo se uniu em pról de liberdade de expressão e melhorias nas condições de vida. O país é produtor de petróleo e um grande exportador para as nações européias. Talvez isso explique o apoio dad

A África e seus problemas

Guerras, conflitos, fome e um futuro incerto Por Thiago Marcondes A África, sempre conturbada, vive dias cada vez mais intensos com protestos, fome, presidentes derrubados de seus cargos e tentativa de assassinato contra chefe de estado. A primavera árabe evocou no continente africano um sentimento que através de manifestações populares a possibilidade de um futuro estável (será?) e melhor poderia vir. Tunísia e Egito conseguiram tirar do poder os ditadores (na época os Estados Unidos os consideravem presidentes) que comandavam as nações há anos e reprimiam o povo e seus direitos. Porém somente isso ainda não resolveu seus problemas. Na Líbia a situação permanece tenha e Gaddaffi resiste (firmemente) apesar dos conflitos com os rebeldes, que são financiados pelo governo estadunidense com auxílio das Nações Unidas também. A Costa do Marfim vive crise política mesmo após Alassane Outtara ter assumido a presidência. O ex-presidente, Laurent Gdagdo, lutou para não sair do poder. Porém,

A separação do Sudão: uma história sem fim

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Sem acordo definido para a paz, país africano ainda sofre com guerras e incertezas para o futuro Por Thiago Marcondes O Sudão, pais ao norte do continente africano e governado com mãos de ferro pelo ditador Omar al-Bashir, aprovou a separação entre sul e norte, por conta de diferenças políticas e religiosas, em um referendo ocorrido no dia 09/01/2011, conforme artigo " Sudão do Sul: um novo Estado, uma nova guerra ?".  Analistas e especialistas tinham em mente que a separação entre os muçulmanos do norte e os cristãos do sul ocorreria de forma relativamente pacífica após Bashir dizer que aceitaria o resultado do pleito sem discordar do veredícto. Porém, não foi bem isso que ocorreu nos últimos meses. O Sudão do Sul, novo estado que já nasce de falido e sem estrutura para sua população, é rico em pretróleo e o governo do norte decidiu que os frutos/lucros devem ser repartidos de forma igual para ambos os lados, já que tem a estrutura para extraçao/exportação. Na região de

Correspondente de guerra? Quem sabe um dia!

Todo jornalista espera trabalhar na área em que mais tem afinidade e, por mais insanidade que pareça, há quem queira cobrir conflitos Sempre gostei de temas polêmicos e me interessei por guerras que ocorreram (e ainda ocorrem) no mundo. Mas nunca gostei de ver sociedades sendo prejudicadas por conflitos em que inocentes morrem todos os dias. Quando entrei na faculdade de jornalismo minha intenção era ser correspondente internacional de guerra, pois gostaria de compreender como as pessoas vivem em situãções em que na fila do mercado uma bomba pode explodir e muitas vidas serem perdidas. Temas que envolvem o continete africano e o Oriente Médio me fascinam tanto que meu trabalho de conclusão de curso foi sobre o Sudão, que envolve ambos assuntos, por ser um país da África com população majoritariamente muçulmana. O termo "correspondente internacional de guerra" foi utilizado porque nunca pensei que pudéssemos ter algo assim no Brasil. Afinal de contas, somos reconhecidos

Será o começo de uma nova guerra?

Desde o início do século XX o mundo não ficou sequer 01 dia sem guerra e, pelo visto, continuará assim por um bom tempo A Guerra da Coréia durou 03 anos (1950 - 1953) e resultou na criação da Coréia do Norte, considerada comunista e com um regime político extremamente fechado, e a Coréia do Sul, aberta ao capitalismo e mais alinhada com os países ocidentais. Durante o conflito a extinta União Soviética apoiou a ala esquerda enquanto os Estados Unidos ficou ao lado da parcela de direita, pois na época a guerra fria estava em seu começo e a luta pela expansão mundial se iniciava. Esse impasse dura até os dias atuais e a fronteira que divide as nações é considerada a mais militarizada do mundo. O regime do norte é fortemente acusado de obter a bomba nuclear e seu povo enfrenta uma grave crise alimentar. Recentemente o sul acusou os vizinhos de afundarem 01 embarcação em que sul-coreanos morreram e, exatamente hoje (23-11-2010), chegou a notícia que o norte atacou o território rival co

A Casa Branca e suas guerras não conseguem minar o terrorismo

Governo do Estados Unidos não consegue controlar o crescimento Talibã no Afeganistão e, também, em solo paquistanês Um homem bomba se explodiu hoje, 05/11/2010, no Paquistão, mais precisamente em uma mesquita, e cerca de 50 pessoas morreram e inúmeras outras ficaram feridas. De acordo com o site do jornal Al-jazeera , com sede no Qatar, o homem que detonou o explosivo tinha cerca de 17 anos e a mesquita era frequantada pela parcela da população em que o Talibã não tem apoio. Apoiado pelos Estados Unidos, o governo paquistanês detêm a bomba nuclear e serve de auxílio para que alimentos, combustíveis e diversos tipos de apoio cheguem ao Afeganistão para dar suporte às tropas estadunidenses. Sabe-se que a guerra contra os afegãos era justamente para minar as forças e coibir o crescimento do Talibã na região. Pelo visto não é o que acontece, pois de acordo com notícias recentes eles controlam boa parte do Afeganistão e regiões fronteiriças no Pasquistão. O governo estadunidense fornec

Conflitos Armados Assolam a Somália

Somália, um caso à ser pensado Desde que o mundo é mundo existem conflitos entre povos. Do início do século XX até os dias atuais não houve um dia sequer em que não estivéssemos envolvidos em uma guerra. Seguem aqui algumas das mais conhecidas pela sociedade: Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerras das Coréias, Guerra do Vietnã, Genocídio em Ruanda, Conflito dos Balcãs (Europa), Afeganistão e Iraque. No continente africano citei somente um caso, mas existem inúmeros deles até hoje. Seguindo esse rumo temos a Somália, país do continente africano que sofre com confrontos internos mais intensos desde a década de 90, com um movimento separatista para criar uma nova nação chamada Somalilândia. Governo reconhecido não há desde 1991 quando os conflitos foram iniciados. A O.N.U. autorizou a entrada de tropas em "Missão de Paz", em acordo com os E.U.A., onde inúmeras pessoas morreram e a perda de soldados estadunidenses ultrapassou 30 em uma única operação. O filme "Falcão